Um exoplaneta gigante de gás, que orbita uma estrela tipo G, semelhante ao TOI-2180 b
Um
astrónomo da Universidade da Califórnia Riverside (UCR) e um grupo de
cientistas cidadãos descobriram um planeta de gás gigante.
De acordo com a Phys Org, o planeta estava escondido à vista de todos, e dos instrumentos típicos de observação de estrelas.
O planeta, TOI-2180 b, tem o mesmo diâmetro que Júpiter, mas tem uma massa quase três vezes maior.
Os investigadores também acreditam que tem 105 vezes a massa da Terra em elementos mais pesados do que hélio e hidrogénio. Não existe nada semelhante no nosso sistema solar.
O estudo sobre a descoberta foi publicado em janeiro no The Astronomical Journal e apresentado no evento de imprensa virtual da Sociedade Astronómica Americana, dia 13 do mesmo mês.
“TOI-2180 b é um planeta entusiasmante de se encontrar“, frisou Paul Dalba, astrónomo da UCR, que ajudou a confirmar a existência do planeta.
“O planeta conjuga três fatores: tem uma órbita de vários séculos de dias; está relativamente perto da Terra (379 anos-luz é considerado próximo para um exoplaneta); e sermos capazes de o ver transitar em frente da sua estrela. É muito raro os astrónomos descobrirem um planeta que verifica todos estes três fatores“.
Dalba explicou também que o planeta é especial porque demora 261 dias a completar uma viagem à volta da sua estrela, um tempo relativamente longo em comparação com muitos gigantes de gás conhecidos fora do nosso sistema solar.
A relativa proximidade à Terra e a luminosidade da estrela que orbita também tornam provável que os astrónomos sejam capazes de aprender mais sobre o planeta.
A fim de localizar exoplanetas, que orbitam estrelas que não o nosso sol, o satélite TESS da NASA observa uma parte do céu durante um mês, e depois avança — à procura de descargas de luminosidade que ocorrem quando um planeta passa em frente de uma estrela.
“A regra geral é que precisamos de ver três descargas ou transições antes de acreditarmos ter encontrado um planeta”, referiu Dalba.
Um único evento de transição pode ser causada por uma vibração do telescópio, ou por uma estrela disfarçada de planeta — pelo que o TESS não está focado nestes eventos de transição únicos.
No entanto, um pequeno grupo de cientistas cidadãos estava.
Olhando para os dados do TESS, Tom Jacobs, membro do grupo e ex-oficial naval dos Estados Unidos, viu, apenas uma vez, uma luz fraca da estrela TOI-2180. O seu grupo alertou Dalba, especialista no estudo de planetas que levam muito tempo a orbitar as suas estrelas.
Utilizando o telescópio Lick, do Observatório Automated Planet Finder, Dalba e os seus colegas observaram o puxão gravitacional do planeta sobre a estrela, o que lhes permitiu calcular a massa do TOI-2180 b e estimar uma gama de possibilidades para a sua órbita.
Na esperança de observar um segundo evento de transição, Dalba organizou uma campanha utilizando 14 telescópios diferentes em três continentes no hemisfério norte. Durante 11 dias, o esforço resultou em 20.000 imagens da estrela TOI-2180, embora nenhuma delas tenha detetado o planeta com confiança.
Contudo, a equipa estima que o TESS voltará a ver o planeta a orbitar a sua estrela em fevereiro, quando estiverem a planear um estudo de seguimento.
O financiamento da investigação de Dalba é fornecido pelo Programa de Bolsas de Pós-doutoramento em Astronomia e Astrofísica da National Science Foundation.
O grupo de astrónomos cidadãos obtém dados publicamente, disponíveis em satélites da NASA, como o TESS, e procura eventos de transição únicos.
Enquanto os astrónomos profissionais utilizam algoritmos para digitalizar vários dados automaticamente, o grupo utiliza um programa criado por eles, para inspecionar os dados do telescópio a olho nu.
“O esforço deles é realmente importante e impressionante, porque é difícil escrever códigos que possam identificar eventos de transição únicos de forma fiável”, realçou Dalba. “Esta é uma área em que os humanos ainda ultrapassam o código“.
https://zap.aeiou.pt/astronomos-cidadaos-encontram-planeta-gigante-estava-escondido-a-vista-de-todos-457631
De acordo com a Phys Org, o planeta estava escondido à vista de todos, e dos instrumentos típicos de observação de estrelas.
O planeta, TOI-2180 b, tem o mesmo diâmetro que Júpiter, mas tem uma massa quase três vezes maior.
Os investigadores também acreditam que tem 105 vezes a massa da Terra em elementos mais pesados do que hélio e hidrogénio. Não existe nada semelhante no nosso sistema solar.
O estudo sobre a descoberta foi publicado em janeiro no The Astronomical Journal e apresentado no evento de imprensa virtual da Sociedade Astronómica Americana, dia 13 do mesmo mês.
“TOI-2180 b é um planeta entusiasmante de se encontrar“, frisou Paul Dalba, astrónomo da UCR, que ajudou a confirmar a existência do planeta.
“O planeta conjuga três fatores: tem uma órbita de vários séculos de dias; está relativamente perto da Terra (379 anos-luz é considerado próximo para um exoplaneta); e sermos capazes de o ver transitar em frente da sua estrela. É muito raro os astrónomos descobrirem um planeta que verifica todos estes três fatores“.
Dalba explicou também que o planeta é especial porque demora 261 dias a completar uma viagem à volta da sua estrela, um tempo relativamente longo em comparação com muitos gigantes de gás conhecidos fora do nosso sistema solar.
A relativa proximidade à Terra e a luminosidade da estrela que orbita também tornam provável que os astrónomos sejam capazes de aprender mais sobre o planeta.
A fim de localizar exoplanetas, que orbitam estrelas que não o nosso sol, o satélite TESS da NASA observa uma parte do céu durante um mês, e depois avança — à procura de descargas de luminosidade que ocorrem quando um planeta passa em frente de uma estrela.
“A regra geral é que precisamos de ver três descargas ou transições antes de acreditarmos ter encontrado um planeta”, referiu Dalba.
Um único evento de transição pode ser causada por uma vibração do telescópio, ou por uma estrela disfarçada de planeta — pelo que o TESS não está focado nestes eventos de transição únicos.
No entanto, um pequeno grupo de cientistas cidadãos estava.
Olhando para os dados do TESS, Tom Jacobs, membro do grupo e ex-oficial naval dos Estados Unidos, viu, apenas uma vez, uma luz fraca da estrela TOI-2180. O seu grupo alertou Dalba, especialista no estudo de planetas que levam muito tempo a orbitar as suas estrelas.
Utilizando o telescópio Lick, do Observatório Automated Planet Finder, Dalba e os seus colegas observaram o puxão gravitacional do planeta sobre a estrela, o que lhes permitiu calcular a massa do TOI-2180 b e estimar uma gama de possibilidades para a sua órbita.
Na esperança de observar um segundo evento de transição, Dalba organizou uma campanha utilizando 14 telescópios diferentes em três continentes no hemisfério norte. Durante 11 dias, o esforço resultou em 20.000 imagens da estrela TOI-2180, embora nenhuma delas tenha detetado o planeta com confiança.
Contudo, a equipa estima que o TESS voltará a ver o planeta a orbitar a sua estrela em fevereiro, quando estiverem a planear um estudo de seguimento.
O financiamento da investigação de Dalba é fornecido pelo Programa de Bolsas de Pós-doutoramento em Astronomia e Astrofísica da National Science Foundation.
O grupo de astrónomos cidadãos obtém dados publicamente, disponíveis em satélites da NASA, como o TESS, e procura eventos de transição únicos.
Enquanto os astrónomos profissionais utilizam algoritmos para digitalizar vários dados automaticamente, o grupo utiliza um programa criado por eles, para inspecionar os dados do telescópio a olho nu.
“O esforço deles é realmente importante e impressionante, porque é difícil escrever códigos que possam identificar eventos de transição únicos de forma fiável”, realçou Dalba. “Esta é uma área em que os humanos ainda ultrapassam o código“.
https://zap.aeiou.pt/astronomos-cidadaos-encontram-planeta-gigante-estava-escondido-a-vista-de-todos-457631
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