"Os dados não são inofensivos, não são abstratos, quando se fala de pessoas. Não são os dados que estão a ser explorados, são as pessoas", garante Edward Snowden, a voz que denuncia o esquema de vigilância de larga escala, desenvolvido pela CIA e NSA.
Numa conversa com James Ball, do Bureau of Investigative Journalism, Snowden recordou as motivações que o levaram a denunciar as entidades do próprio país, em 2013. "Imagine, que trabalha na CIA, segue as regras sempre. Eu era um totó, nunca fumei um charro, era um chato. A minha família tinha trabalhado para o governo e eu ia fazer o mesmo". Até ao dia em que Snowden precisou de contar a "verdade ao mundo". "Imaginem que descobriam que tudo o que a sua agência fazia, que todos os vossos colegas faziam, ia contra aquilo que estava no juramento".
"Para mim, a resposta era clara. Acredito que o público tem direito a saber a verdade". "Estavam a vigiar as pessoas já num sentido de prospeção, era aquilo a que chamei a vigilância permanente. Faziam isto de qualquer forma, mesmo que as pessoas não tivessem feito nada e ninguém com poder fazia alguma coisa, porque podia ser proveitoso."
Sobre o presente e momento que o mundo tecnológico atravessa, com as chamadas big tech pressionadas, Snowden é claro. "O modelo de negócio é o abuso", diz Snowden sobre a Google, Amazon ou Facebook. Em conversas anteriores, nomeadamente nas entrevistas que tem dado para promover o livro de memórias Vigilância Permanente, Snowden já tinha apontado o dedo às big tech.
"Esta geração já não é dona de nada, usamos os serviços e isso cria um registo permanente", explica Edward Snowden. O mercado aponta o mesmo - crescem as ofertas de serviços de streaming de conteúdos ou mobilidade partilhada.
No final da conversa perante a audiência da Web Summit, Edward Snowden é claro na mensagem a passar."A lei não é a única coisa que nos consegue proteger, a tecnologia não é a única coisa que nos consegue proteger - nós podemos proteger-nos."
Numa conversa com James Ball, do Bureau of Investigative Journalism, Snowden recordou as motivações que o levaram a denunciar as entidades do próprio país, em 2013. "Imagine, que trabalha na CIA, segue as regras sempre. Eu era um totó, nunca fumei um charro, era um chato. A minha família tinha trabalhado para o governo e eu ia fazer o mesmo". Até ao dia em que Snowden precisou de contar a "verdade ao mundo". "Imaginem que descobriam que tudo o que a sua agência fazia, que todos os vossos colegas faziam, ia contra aquilo que estava no juramento".
"Para mim, a resposta era clara. Acredito que o público tem direito a saber a verdade". "Estavam a vigiar as pessoas já num sentido de prospeção, era aquilo a que chamei a vigilância permanente. Faziam isto de qualquer forma, mesmo que as pessoas não tivessem feito nada e ninguém com poder fazia alguma coisa, porque podia ser proveitoso."
Sobre o presente e momento que o mundo tecnológico atravessa, com as chamadas big tech pressionadas, Snowden é claro. "O modelo de negócio é o abuso", diz Snowden sobre a Google, Amazon ou Facebook. Em conversas anteriores, nomeadamente nas entrevistas que tem dado para promover o livro de memórias Vigilância Permanente, Snowden já tinha apontado o dedo às big tech.
"Esta geração já não é dona de nada, usamos os serviços e isso cria um registo permanente", explica Edward Snowden. O mercado aponta o mesmo - crescem as ofertas de serviços de streaming de conteúdos ou mobilidade partilhada.
No final da conversa perante a audiência da Web Summit, Edward Snowden é claro na mensagem a passar."A lei não é a única coisa que nos consegue proteger, a tecnologia não é a única coisa que nos consegue proteger - nós podemos proteger-nos."
Fonte: https://www.dn.pt/dinheiro/privacidade-o-modelo-de-negocio-e-o-abuso-diz-snowden-11478552.html
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