Atualmente, o mundo debate-se com a crise climática e com uma
pandemia, mas os cientistas não param a busca por soluções renováveis.
Só este mês, foram batidos três recordes em eficiência de painéis
solares.
Uma equipa de cientistas do Laboratório de Energia Renovável (NREL), nos Estados Unidos, desenvolveram uma célula solar única com “seis junções” que possui uma conversão de energia sem precedentes, transformando a luz intensificada em eletricidade com eficiência de 47,1% – a mais eficiente do mundo. Este recorde bateu o concorrente anterior, estabelecido há apenas dois anos, em 1%.
“Este dispositivo demonstra o extraordinário potencial das células
solares multifuncionais”, disse John Geisz, do NREL, citado pelo Science Alert.
Mas os recordes não ficaram por aqui. A equipa testou outra versão da
mesmo célula de seis junções, desta vez sem concentrar a luz, e
alcançou uma eficiência sem precedentes de 39,2%. No fundo, isto significa que, agora, mais energia do Sol pode ser convertida em eletricidade.
Cada uma das seis junções da célula é especializada para capturar uma faixa específica de luz do espectro solar. Combinado, o dispositivo contém 140 camadas de material absorvente de luz e, ao contrário do que seria de esperar, é três vezes mais fino do que um fio de cabelo.
Cada uma das seis junções da célula é especializada para capturar uma faixa específica de luz do espectro solar. Combinado, o dispositivo contém 140 camadas de material absorvente de luz e, ao contrário do que seria de esperar, é três vezes mais fino do que um fio de cabelo.
É impossível alcançar 100% de eficiência por causa
das leis da termodinâmica, mas atingir metade já seria uma grande
conquista. À medida que os cientistas se aproximam cada vez mais do
objetivo, recordes como este são constantemente alcançados em todos os
tipos de células solares.
O terceiro recorde deste mês foi alcançado por uma “célula em
tandem”, um dispositivo, com apenas alguns micrometros de espessura, que
combina dois semicondutores diferentes – um para as partes visíveis do
espectro da luz e o outro para a luz infravermelha.
Uma equipa de engenheiros do centro de pesquisa alemão
Helmholtz-Zentrum, em Berlim, criou um novo tipo de célula tandem
composta por silício empilhado e perovskita com uma eficiência certificada de 24,16%.
O primeiro estudo foi publicado a 13 de abril na revista Nature Energy e o segundo a 6 do mesmo mês na Joule.
https://zap.aeiou.pt/celulas-solares-tres-recordes-320533
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