A China afirmou, pela primeira vez, que os cães devem ser
tratados como animais de companhia e não como comida. Esta medida surge
depois de as autoridades terem proibido o consumo e venda de animais
selvagens, em resposta ao surto de Covid-19.
O país quer proibir o consumo de carne de cão e de gato, uma vez que os animais de companhia não devem ser tratados como gado.
Segundo o The Telegraph, a proibição foi anunciada esta quarta-feira pelo Ministério da Agricultura do país. A medida surge após a proibição do consumo e comercialização
de animais selvagens, devido ao surto de Covid-19, colocada em prática
no passado dia 2. Esta pandemia veio assim reacender o debate sobre os
animais de companhia.
“Em todo o mundo os cães não são geralmente considerados como gado, e
a China também não deve geri-los como tal”, afirmou o Ministério da
Agricultura e dos Assuntos Rurais da China. O objetivo é estender a proibição a todo o país à, semelhança do que aconteceu em Shenzhen, que a semana passada se tornou a primeira cidade chinesa a colocar em vigor a proibição da produção e consumo de cães.
Segundo um estudo da Humane Society International (HSI), estima-se
que são mortos 10 milhões de cães por ano. O estudo indica ainda que
cerca de 20% da população consome este tipo de carne. A directora da
HSI, Wendy Higgins afirmou, citada pelo Independent, que “este projeto de proposta poderia assinalar um momento de mudança para a protecção dos animais na China“.
Disse ainda que “dezenas de milhões de cães e gatos
todos os anos sofrem as agonias do comércio brutal de carne, e não há
maior desejo de ver o seu fim do que entre os grupos de animais chineses
e os próprios amantes dos animais“.
Higgins acrescentou também que “este projeto poderá efectivamente
abrir caminho para que a China tire oficialmente os cães e os gatos do
menu“.
https://zap.aeiou.pt/china-decide-caes-nao-sao-comida-318635
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