Para o bem da economia, Tony Abbott, ex-primeiro ministro
australiano, defende que se deve deixar idosos infetados com covid-19
morrer naturalmente.
Tony Abbott, antigo primeiro-ministro da Austrália,
sugeriu que algumas medidas contra o novo coronavírus têm custos
económicos excessivos e que alguns cidadãos idosos deviam ser deixados
morrer naturalmente.
Falando em “deixar a natureza fazer o seu caminho”, a posição foi
assumida durante um discurso no Policy Exchange, um instituto em
Londres, onde Abbott afirmou que cada ano de vida a mais para um idoso
custa ao estado 200 mil dólares australianos (cerca de 123.800 euros), o
que ultrapassa o custo de certos medicamentos vitais.
“É uma altura má para quem tenha o vírus, mas também é uma má altura
para quem não gosta de receber ordens de funcionários, por boas que
sejam as intenções”, disse, citado pelo semanário Expresso.
O antigo governante lamentou que poucos políticos se estejam a
“comportar como economistas da saúde, treinados para fazer perguntas
desconfortáveis sobre o nível de mortes com que teremos de viver”, e
garantiu que as famílias sempre tomaram decisões em matérias como essa,
preferindo “fazer os seus parentes tão confortáveis quanto possível enquanto a natureza segue o seu curso“.
Tony Abbott considera, por isso, que manter 40% da força de trabalho a
receber subsídios enquanto o estado “acumula défices não vistos desde a
II Guerra Mundial” é uma situação insustentável.
Victoria prolonga estado de emergência por seis meses
O estado australiano de Victoria prolongou, esta terça-feira, o estado de emergência por mais seis meses, numa altura em que a média diária de novas infeções por covid-19 começa a baixar.
A Câmara Alta do parlamento de Victoria aprovou legislação para
alargar o estado de emergência, o que permite ao Governo impor
restrições para combater a pandemia. O executivo tinha pedido uma
prorrogação de 12 meses.
O departamento de saúde daquele estado registou 90 novos casos e seis mortes nas últimas 24 horas. Um dia antes, tinham sido contabilizadas apenas 70 novas infeções.
Aquele estado no sudeste da Austrália registou um novo surto no final
de junho, obrigando ao confinamento a 8 de julho, em vigor até 13 de
setembro, e ao encerramento da fronteira com o estado vizinho de Nova
Gales do Sul.
O estado de Victoria contabilizou mais de 19 mil infeções
com o novo coronavírus, que representam cerca de 76% do total de casos
na Austrália (perto de 26 mil), de acordo com dados do Governo
australiano. Victoria também registou a maioria dos óbitos provocados
pela doença, cerca de 570, das mais de 650 mortes no país.
Na origem do novo surto de Covid-19 naquele estado terão estado violações das regras
de segurança nos hotéis designados para realizar a quarentena
obrigatória de viajantes vindos do estrangeiro. De acordo com a imprensa
local, os seguranças terão deixado os viajantes sair dos quartos ou
mesmo tido relações sexuais com pessoas em quarentena.
https://zap.aeiou.pt/ex-primeiro-ministro-australiano-idosos-344059
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