quinta-feira, 3 de setembro de 2020

A bem da economia, ex-primeiro-ministro australiano diz que se deve deixar idosos com covid-19 morrer !

Para o bem da economia, Tony Abbott, ex-primeiro ministro australiano, defende que se deve deixar idosos infetados com covid-19 morrer naturalmente.
Tony Abbott, antigo primeiro-ministro da Austrália, sugeriu que algumas medidas contra o novo coronavírus têm custos económicos excessivos e que alguns cidadãos idosos deviam ser deixados morrer naturalmente.
Falando em “deixar a natureza fazer o seu caminho”, a posição foi assumida durante um discurso no Policy Exchange, um instituto em Londres, onde Abbott afirmou que cada ano de vida a mais para um idoso custa ao estado 200 mil dólares australianos (cerca de 123.800 euros), o que ultrapassa o custo de certos medicamentos vitais.
“É uma altura má para quem tenha o vírus, mas também é uma má altura para quem não gosta de receber ordens de funcionários, por boas que sejam as intenções”, disse, citado pelo semanário Expresso.
O antigo governante lamentou que poucos políticos se estejam a “comportar como economistas da saúde, treinados para fazer perguntas desconfortáveis sobre o nível de mortes com que teremos de viver”, e garantiu que as famílias sempre tomaram decisões em matérias como essa, preferindo “fazer os seus parentes tão confortáveis quanto possível enquanto a natureza segue o seu curso“.
Tony Abbott considera, por isso, que manter 40% da força de trabalho a receber subsídios enquanto o estado “acumula défices não vistos desde a II Guerra Mundial” é uma situação insustentável.

Victoria prolonga estado de emergência por seis meses

O estado australiano de Victoria prolongou, esta terça-feira, o estado de emergência por mais seis meses, numa altura em que a média diária de novas infeções por covid-19 começa a baixar.
A Câmara Alta do parlamento de Victoria aprovou legislação para alargar o estado de emergência, o que permite ao Governo impor restrições para combater a pandemia. O executivo tinha pedido uma prorrogação de 12 meses.
O departamento de saúde daquele estado registou 90 novos casos e seis mortes nas últimas 24 horas. Um dia antes, tinham sido contabilizadas apenas 70 novas infeções.
Aquele estado no sudeste da Austrália registou um novo surto no final de junho, obrigando ao confinamento a 8 de julho, em vigor até 13 de setembro, e ao encerramento da fronteira com o estado vizinho de Nova Gales do Sul.
O estado de Victoria contabilizou mais de 19 mil infeções com o novo coronavírus, que representam cerca de 76% do total de casos na Austrália (perto de 26 mil), de acordo com dados do Governo australiano. Victoria também registou a maioria dos óbitos provocados pela doença, cerca de 570, das mais de 650 mortes no país.
Na origem do novo surto de Covid-19 naquele estado terão estado violações das regras de segurança nos hotéis designados para realizar a quarentena obrigatória de viajantes vindos do estrangeiro. De acordo com a imprensa local, os seguranças terão deixado os viajantes sair dos quartos ou mesmo tido relações sexuais com pessoas em quarentena.
 
https://zap.aeiou.pt/ex-primeiro-ministro-australiano-idosos-344059

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