A demonstração de uma arma anti-satélite, por parte da Rússia, originou o aparecimento de milhares de pedaços de lixo metálico espacial.
A RTP cita especialistas que avisam que, em alguns casos, há dezenas de milhares de hipóteses de colisão por semana.
O teste russo ASAT foi realizado no dia 15 de novembro e destruiu o satélite Cosmos 1408. E foi essa destruição que originou o lixo espacial, que agora cria várias ondas de aproximações a satélites activos em órbita baixa da Terra.
São “rajadas de conjunção” que já foram anotadas pela COMSPOC, empresa que controla as operações no espaço.
Um vice-presidente dessa empresa, Travis Langster, avisou que, na primeira semana de Abril, haverá 40 mil conjunções exclusivamente relacionadas com a destruição deste satélite. E o pico pode chegar a 50 mil conjunções por dia.
O Cosmos 1408 – ou os restos desse satélite – está na órbita de diversos e importante satélites sensoriais remotos, que fazem monitorização terrestre, marinha e meteorológica.
Esses detritos, além de se sobreporem órbitas dos outros satélites, estão a deslocar-se na direcção oposta, o que terminará com choque frontal.
“Quando os detritos se sincronizam, provocam a tempestade perfeita: estão no mesmo plano de órbita, mas a viajar em sentido contrário, cruzando-se duas vezes numa órbita, repetidamente”, analisou o director da COMSPOC, Dan Oltrogge.
As órbitas só deixarão de estar em sincronia daqui a alguns (ou muitos) dias.
https://zap.aeiou.pt/lixo-no-espaco-a-tempestade-perfeita-criada-por-satelite-russo-463942
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