O livro de memórias de Mary Trump, sobrinha do Presidente
norte-americano Donald Trump, já chegou às mãos de vários jornalistas
nos Estados Unidos. A data de publicação está marcada para dia 14 de
julho.
No livro, que já chegou às mãos de vários jornalistas
norte-americanos, Mary Trump, sobrinha do Presidente norte-americano,
traça o retrato de Donald Trump com base na sua infância e relações
familiares, sobretudo com o pai e o irmão mais velho, Freddy Trump.
Segundo a publicação, a infância do milionário que se tornou
Presidente foi marcada por abuso emocional e manipulação pelo pai Fred
Trump Senior que, de acordo com Mary Trump, “destruiu” Donald Trump e estropiou “a sua capacidade de desenvolver e experienciar todo o espectro das emoções humanas”.
Donald queria agradar o pai, cuja aprovação era difícil. Mary Trump
chega até a descrever Fred Trump Sr como “sociopata” que terá
contribuído para que o filho tenha desenvolvido “comportamentos retorcidos“, como o de ver as pessoas apenas “pelo aspeto monetário” ou usar o “engano como forma de vida”, revala o The New York Times.
O livro aborda ainda a relação que Donald Trump manteve com o seu
irmão mais velho, Freddy Jr., que morreu de problemas ligados ao
alcoolismo quando Mary tinha apenas 16 anos. A autora aponta o avô como principal responsável
pelo declínio do seu pai, ao pressioná-lo a trabalhar no império
imobiliário da família e ao acusar o filho de não ser duro o suficiente.
“O Fred odiava quando o seu filho mais velho fazia uma asneira ou não
conseguia intuir o que era suposto fazer, mas odiava ainda mais quando,
depois de ser chamado à pedra, ele pedia desculpa”, lê-se no livro.
Donald Trump acabou por se moldar à imagem daquilo que o pai
desejava, segundo Mary Trump, que é também psicóloga clínica, apontando traços narcisistas ao tio. “A única maneira de Donald escapar ao mesmo destino era formar a personalidade dele para servir os propósitos do pai. É isso que os sociopatas fazem: atraem os outros e usam-nos para os seus próprios fins.”
O diário britânico aponta que quando o irmão do Presidente faleceu,
aos 42 anos vítima de um ataque cardíaco, a família enviou-o para o
hospital sozinho. Mary Trump conta, inclusive, que o tio, Donald Trump, foi “ver um filme” na noite seguinte, enquanto o irmão morria sozinho no hospital.
Em Too Much and Never Enough: How My Family Created the World’s Most Dangerous Man (Demasiado e Nunca Suficiente: Como a Minha Família Criou o Homem Mais Perigoso do Mundo), outro dos episódios relatados por Mary Trump remete para a entrada de Donald Trump na faculdade. Segundo a sobrinha, Donald pagou a outra pessoa para fazer o teste de admissão na Wharton Business School.
“Donald temia que a sua média, longe das melhores da turma, o pudesse
deixar de fora. Por isso, contratou Joe Shapiro, um rapaz com reputação
de ser muito inteligente, para fazer o exame de admissão por ele”,
escreveu Mary Trump.
Com o anúncio do livro de Mary Trump, que revela detalhes sobre as intrigas familiares e as batalhas judiciais, a família tentou a todo a custo impedir a publicação
da obra. Robert Trump, o outro irmão do Presidente dos EUA, interpôs
uma acção num tribunal nova-iorquino, alegando uma violação do acordo de
confidencialidade.
O tribunal suspendeu temporariamente o lançamento do livro no dia 1 de julho, mas a interdição foi levantada no dia seguinte por um juiz de recurso.
Para a próxima sexta-feira, está marcada uma nova audição, onde será
conhecida a decisão final. No entanto, a editora Simon & Schuster já
antecipou a data de lançamento e o livro já chegou aos media.
https://zap.aeiou.pt/revelacoes-livro-da-sobrinha-trump-334152
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