Mas isso não impediu que cientistas inortodoxos fizessem afirmações
estranhas e publicassem ‘evidências’ da existência de uma presença
microbiológica no Planeta Vermelho, como Jackson Ryan, da CNET, relata em um artigo destacado.
O auto-intitulado neurobiólogo Rhawn Gabriel Joseph – um homem conhecido por Ryan como o “Space Tiger King” – está convencido de que a vida existe em Marte e Vênus, e que já temos as evidências para apoiar isso.
As raízes da escola de pensamento de Joseph começaram com os
experimentos de ‘liberação rotulada’ (LR) em Marte na década de 1970,
quando uma sonda Viking da NASA procurou por bioassinaturas no planeta,
realizando uma série de testes.
Embora [de acordo com a NASA]
a sonda não tenha encontrado uma quantidade significativa de moléculas
orgânicas, alguns cientistas, principalmente o pesquisador da NASA Gilbert Levin, acreditavam que os resultados realmente confirmaram a existência da vida em Marte.
A NASA refutou essas alegações, escrevendo que os experimentos “não
forneceram evidências claras da presença de microrganismos vivos no solo
perto dos locais de pouso”.
Joseph baseou-se na pesquisa desse grupo de pesquisadores, alegando
que a vida foi espalhada pelo cosmos por um processo chamado ‘panspermia‘, uma teoria que sugere que a vida no espaço foi ‘semeada’ com micróbios transportados por poeira e meteoros.
Ao longo das décadas, Joseph tentou obter seu trabalho revisado por
pares e publicado em vários periódicos de astrobiologia. Ele chegou a
criar seu próprio periódico, que ele chama de Journal of Cosmology, provavelmente uma tentativa de tornar seu trabalho mais aceito.
O periódico não é muito mais do que um site desatualizado e publicou
alegações feitas por Richard Hoover, outro ex-cientista da NASA, que
sugeriu que descobrimos bactérias fossilizadas no espaço, como relata a
CNET – outra alegação de que a NASA não quer nada com isso.
Em 2014, Joseph até tentou processar a NASA para examinar um ‘organismo biológico’ que o jipe-sonda Opportunity da
agência descobriu na superfície de Marte. Ele afirmou que o veículo
espacial encontrou um “fungo semelhante a um cogumelo, um organismo
composto que consiste em colônias de líquen e cianobactérias, e que na
Terra é conhecido como Apothecium”. A NASA disse que era um tipo de
rocha.
No ano passado, Joseph teve uma ajuda quando o respeitável periódico Astrophysics & Space Science publicou um artigo dele que afirmava que a vida em Vênus já havia sido encontrada.
Com base em evidências fotográficas compostas de granuladas imagens
em preto e branco, Joseph argumenta que o veículo espacial Venera 13 da
Rússia encontrou evidências de vida
em Vênus, em 1982. O periódico ainda está online, como a CNET
descobriu. O site acrescentou uma nota do editor à edição deste mês
alertando os leitores que “as conclusões deste artigo estão sujeitas a
críticas que estão sendo consideradas pelos editores”.
Os astrobiólogos tradicionais não estão felizes.
“Sinto que esses caras acabaram envenenando todo o campo”, disse à
CNET Paul Myers, biólogo do desenvolvimento da Universidade de
Minnesota.
https://www.ovnihoje.com/2020/07/09/cientista-acredita-que-ha-vida-em-marte-e-venus/
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