Um relâmpago primordial teria sido a fonte responsável por toda a
atividade elétrica nos seres vivos de hoje. Isso foi o que sugeriu um
novo estudo da Universidade de Massachussets e, de acordo com os
pesquisadores, as frequências elétricas encontradas em vertebrados e invertebrados coincidem com as vibrações naturais da atmosfera da Terra.
O estudo publicado na revista International Journal of Biometeoreology constatou
que os seres vivos costumam apresentar uma atividade elétrica em seus
sistemas nervosos em um raio de frequências entre 5 e 45 hertz —
similares ao fenômeno causado pelo impacto dos relâmpagos no planeta.
A eletricidade nos seres vivos
(Fonte: Pixabay)
Segundo Colin Price, o autor do estudo e pesquisador de Ciências da
Terra na Universidade de Tel Aviv (Israel), a comunidade científica
passou a perceber que diversos sistemas biológicos encontrados na Terra
apresentavam a atividade elétrica muito coincidente com a elétrica global.
Entre formas simples de vida, como os zooplânctons, e mais complexas,
como os seres humanos, todos os seres vivos parecem ter-se sincronizado
com a atividade global e adaptado ao longo dos anos, indicando que suas
fontes de eletricidade poderiam vir de um denominador comum.
Ao longo da superfície terrestre, raios
costumam atingir o planeta cerca de 50 a 100 vezes por segundo — o que
causaria um efeito chamado de Ressonância Schumann. Essas ressonâncias
de baixíssimas frequências gera um campo magnético na Terra, no qual as
formas de vida aprenderam a viver.
A sincronização biológica com essa ressonância seria um fenômeno
parecido com o que determina nosso ciclo circadiano, o qual faz com que
nossos corpos compreendam a noção de tempo e separem o dia da noite.
Efeitos da atividade elétrica no corpo humano
(Fonte: Pixabay)
Apesar de soar perigoso, os pesquisadores fizeram questão de
ressaltar que a atividade elétrica em nossos corpos não apresenta
qualquer sinal nocivo à saúde. Como os corpos se adaptaram ao longo das
eras, os organismos entraram em um estado natural que rodeia a
existência de vida na Terra.
Em entrevista para o portal Live Science, Colin Price
ressaltou que, caso a atividade elétrica no corpo fosse uma ameaça, as
pessoas começariam a morrer por relâmpagos toda vez que um deles
atingisse a superfície do planeta.
A equipe de cientistas acredita que a nova teoria pode fundamentar
estudos futuros sobre botânica e outros efeitos da ressonância
atmosférica em fenômenos biológicos, como a fotossíntese.
https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115174-raio-primordial-a-origem-da-eletricidade-da-vida-na-terra.htm
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