“O Universo tem um profundo senso ligado ao Homo sapiens” !

Perto do final de sua vida, em suas memórias – Geons, Black Holes and Quantum Foam – Wheeler sugeriu que, quando finalmente desvendarmos o segredo do Universo, da existência humana, ficaremos surpresos com sua simplicidade:

Hoje eu acho que nós estamos começando a suspeitar que o homem não é uma pequena engrenagem que realmente não faz muita diferença para o funcionamento da grande máquina, mas sim que há um laço muito mais íntimo entre o homem e o Universo do que até então se suspeitava. O mundo físico é, em certo sentido profundo ligada ao ser humano. Sendo Homo sapiens, vivemos em uma ilha – o Universo, rodeado por um mar de ignorância. À medida que a nossa ilha de conhecimento cresce, também o faz a costa da nossa ignorância. Mas, de todos os obstáculos para um relato completamente penetrante de existência, nenhum é mais assustador do que o ‘tempo’.

Explique o tempo? Não sem explicar a existência. Explique a existência? Não sem explicar o tempo. Descobrir a conexão profunda e oculta entre tempo e existência, fechar em si nosso quarteto de perguntas, é uma tarefa para o futuro.

Seria o exato mecanismo para que o Universo se torne sem sentido ou inviável, ou ambos, a menos que o Universo seja garantido de produzir a vida, consciência e em algum lugar de observador e por algum tempo em sua história-a-ser? O princípio quântico mostra que há um sentido em que aquilo que o observador fará no futuro define o que aconteceu no passado – mesmo em um passado tão remoto que a vida não existia, e mostra ainda mais, que o ‘observador’ é um pré-requisito para qualquer versão útil da ‘realidade’.

O Universo é uma totalidade em que o que acontece ‘agora’ fornece a realidade ao que aconteceu ‘então’; talvez até determine o que aconteceu então.

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