Investigadores da Universidade de Tecnologia de Eindhoven, na Holanda,
receberam uma bolsa do programa europeu Horizonte 2020, de quase três
milhões de euros, para desenvolver um útero artificial na próxima
década.
E se os bebés se desenvolvessem dentro de úteros artificiais, parecidos
com balões a flutuar no teto? Apesar de parecer utópico, Lisa
Mandemaker, Hendrik-Jan Grievink e Guid Oei estão a apenas cinco anos de
desenvolver o primeiro útero artificial para bebés humanos, que simula
na perfeição as condições encontradas num útero biológico.
O modelo, que está a ser desenvolvido, forneceria aos bebés respiração
artificial. Em caso de parto prematuro, o útero artificial será um
substituto adequado para o ambiente protetor do útero materno,
proporcionando um ambiente natural para o bebé de modo facilitar a
transição para uma nova vida.
Ao contrário das incubadoras atuais, o útero artificial seria semelhante
às condições biológicas, com o bebé cercado por fluidos e a receber
oxigênio e nutrientes através de uma placenta artificial, ligada ao
cordão umbilical.
O projeto foi pensado como uma solução para as altas taxas de
mortalidade em nascimentos prematuros. Desta forma, o objetivo
primordial do útero artificial é fornecer aos bebés nascidos entre a 24ª
e a 28ª semanas, um ambiente em que os seus corpos possam continuar a
desenvolver-se.
Segundo o Futurism, o nascimento prematuro afeta mais de 1 em cada 10
recém-nascidos em todo o mundo. Os bebês prematuros podem ter mais
problemas de saúde ou precisar de permanecer nas unidades de terapia
intensiva neonatal, que apoiam a sua função cardiorrespiratória e o seu
desenvolvimento. Apesar dos avanços na medicina,estas unidades não são
um substituto adequado ao ambiente protetor do útero materno.
Através deste projeto, os cientistas conseguem idealizar uma solução: um
útero artificial onde o ambiente intra-uterino pode ser protegido
transferindo o bebé prematuro para um sistema de suporte à vida
perinatal, o que ajudará os órgãos fetais a desenvolverem-se até
atingirem a maturidade.
Com a solução perinatal de suporte à vida, o fornecimento de oxigênio e
nutrientes seria assegurado através do cordão umbilical fetal e o
ambiente à base de líquido apoiaria a fisiologia cardiorrespiratória
fetal, evitando os efeitos negativos da ventilação.
“Um útero artificial é um substituto de uma incubadora e respiração
artificial. É muito mais natural porque se assemelha às condições de um
útero real. O nosso objetivo com o útero artificial é ajudar bebés
prematuros a passar pelo período crítico das 24 a 28 semanas”, disse
Guid Oei, professor na Universidade de Eindhoven, citado pelo Futurism.
“Nos próximos cinco anos, conduziremos novas pesquisas e testaremos
tecnologias numa colaboração europeia, e continuaremos a desenvolvê-las
até conseguirmos realizar o primeiro protótipo de um útero artificial.
Este é um desafio maravilhoso”, rematou.
Fonte: http://ufosonline.blogspot.com/
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