Inspirados nos Coletes Amarelos franceses, nasceram os
“coletes laranjas” em Itália, um movimento de contestação contra o
Governo que acredita que “o vírus não existe”.
Apesar de ainda não ser um movimento muito grande, há já uma figura que se destaca: Antonio Pappalardo, ex-membro da polícia militar italiana (Carabinieri), que, aos 73 anos, se assume líder do grupo.
A inspiração dos “coletes laranjas” vem dos Coletes Amarelos franceses, que, desde novembro de 2018, realizaram uma jornada de protestos violentos contra o Governo francês.
De acordo com o semnário Expresso, os coletes laranjas de Itália defendem que o novo coronavírus é “um engano para controlar os povos” e exigem que o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, caia.
Antonio Pappalardo acredita mesmo que as máscaras são prejudiciais
e é contra as vacinas, que considera “perigosas”, dizendo mesmo que se
deve impedir que existam pessoas a vacinarem outras pessoas.
Pappalardo também se anuncia como “um dos melhores músicos do mundo” e garante que o Vaticano o considera “um génio iluminado por Deus”. Em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, Pappalardo disse que a secretária de Donald Trump lhe pediu “para compor algo para lhe dedicar”.
Em relação aos Coletes Laranjas, o objetivo final é que Itália saia da União Europeia.
Esta terça-feira, equipados de coletes laranja, o grupo juntou-se na
Piazza del Popolo, em Roma, aos três líderes da direita italiana para
assinalar o Dia da República.
No último fim de semana, muitos os elementos responderam à chamada e
encheram os centros de várias cidades. Sem máscaras ou distância de
segurança, violando a proibição em relação a ajuntamentos, saíram à rua
para gritar “liberdade” e garantir que “o vírus é o maior engano organizado na História das finanças mundiais”.
De acordo com o jornal italiano La Repubblica,
os manifestantes variavam de pessoas insatisfeitas com a resposta do
governo à crise do coronavírus, muitos dos quais perderam o emprego a
alguns ativistas de extrema direita e eurocéticos.
Simultaneamente, em Itália, chora-se a morte de mais de 33 mil
pessoas, que sucumbiram à covid-19. O país foi um dos países europeus
mais afetados pela pandemia.
https://zap.aeiou.pt/virus-italia-coletes-laranja-queda-328289
Sem comentários:
Enviar um comentário