A sabedoria popular diz-nos que um ano em humanos equivale a sete anos de vida num cão. No entanto, a ciência já nos mostrou que, por exemplo, as raças grandes envelhecem dez vezes mais rápido do que nós.
Agora, um novo estudo publicado na revista científica Nature vem, mais uma vez, deitar por terra este mito urbano. Nesta iniciativa, intitulada Dog Aging Project, os investigadores estão a estudar os genomas de 10 mil cães ao longo de dez anos.
Os cientistas querem procurar perceber o que faz com que alguns cães consigam viver mais de 20 anos. Se nos guiarmos pelas contas populares, estes cães teriam 140 anos de idade. Descobrir a resposta para esta questão pode até ter benefícios práticos nos seres humanos.
O objetivo do Dog Aging Project é entender como é que os genes, o estilo de vida e o ambiente influenciam o envelhecimento dos cães.
“Queremos usar essa informação para ajudar cães e pessoas a aumentar a longevidade e o período de vida livre de doenças”, lê-se no site do projeto.
“Este é um projeto muito grande, ambicioso e extremamente interdisciplinar que tem o potencial de ser um recurso poderoso para a comunidade científica mais ampla”, disse Joshua Akey, da Universidade de Princeton.
“Pessoalmente, acho este projeto empolgante porque penso que melhorará a saúde dos cães e, derradeiramente, a saúde humana”, acrescentou.
Um dos aspetos que entusiasma Akey é precisamente a tentativa de procurar perceber identificar os biomarcadores específicos do envelhecimento canino em cães que vivem até aos 20 anos.
Os investigadores antecipam que as descobertas vão traduzir-se no envelhecimento humano, por várias razões: os cães terem quase todos os declínios funcionais e doenças do envelhecimento que as pessoas sofrem; a extensão dos cuidados veterinários é paralela à saúde humana de muitas maneiras; e os nossos cães compartilham os ambientes em que vivemos.
https://zap.aeiou.pt/mito-7-anos-cao-ajudar-viver-mais-463400
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