O documentário “O Impostor do Tinder”, lançado pela Netflix, tem sido um
sucesso e expôs, a nível mundial, o israelita Simon Leviev que enganou
várias mulheres com ilusões de amor. Agora, e após ter sido banido da
app de encontros, Leviev quer aproveitar a fama para triunfar em
Hollywood.
Fontes próximas de Leviev garantem ao site TMZ que
ele já está a trabalhar com um gestor de talentos para iniciar uma
carreira em Hollywood.
O “Impostor do Tinder” planeia escrever um livro e ter um programa de encontros, onde várias mulheres disputem o seu amor, avança ainda o site de celebridades.
Além
disso, gostaria de liderar um podcast dedicado a esta área, onde
poderia partilhar dicas do que fazer ou não fazer num encontro, por
exemplo, de acordo com a mesma fonte.
A ideia de Simon Leviev é
aproveitar a fama que conseguiu com o documentário da Netflix, onde
mulheres que conheceu no Tinder contam como ele as enganou, levando-as a
emprestarem-lhe dinheiro e até a fazerem empréstimos avultados para o
ajudar.
Milionário, mas só a fingir…
Leviev fingia que era um milionário ligado ao negócio dos diamantes.
Assim,
conquistava as mulheres, levando-as a crer que estava apaixonado por
elas, para depois lhes revelar que estaria a ser ameaçado pelos seus
“inimigos”, no âmbito dos diamantes, e que, por questões de segurança,
não podia usar nem os cartões de crédito, nem as contas bancárias.
Começava, então, a pedir-lhes dinheiro emprestado, para depois desaparecer sem lhes pagar um cêntimo.
O
israelita colocou em marcha uma espécie de esquema Ponzi, ou seja, em
pirâmide, que passava por enganar mulheres umas atrás das outras, usando
o dinheiro que lhe era emprestado por umas para conquistar as outras e
ter uma vida de luxo.
Leviev terá levado as suas vítimas a darem-lhe cerca de 10 milhões de dólares, enganando mulheres em vários países do mundo.
Nunca
foi acusado, nem condenado pelas alegadas fraudes contra estas mulheres
que, deliberadamente, lhe emprestaram dinheiro, caindo na sua “cantiga
do bandido”.
Foi detido em 2019, em Israel, por estar a usar um
passaporte falso e acabou condenado a 15 meses de prisão. Mas só passou
cinco meses preso, beneficiando de uma amnistia, durante a pandemia, no
âmbito de um programa que visou reduzir a população prisional para
controlar a propagação da covid-19.
Banido do Tinder e de outras apps de encontros
Entretanto,
foi banido do Tinder por ter violado os termos de utilização da app de
encontros, nomeadamente devido à “falsificação de identidade” e ao facto
de ter “solicitado dinheiro”.
A sua conta foi eliminada e se
tentar voltar a criar algum perfil, os responsáveis do Tinder asseguram
que voltarão a bani-lo, caso o detectem, como já anunciaram. A medida
foi tomada em 2019 depois de a sua história ter sido divulgada por um
jornal norueguês.
“Fizemos investigações internas e podemos
confirmar que Simon Leviev não está mais activo no Tinder sob nenhum dos
seus pseudónimos conhecidos”, garantem fontes oficiais do Tinder.
Leviev usou vários nomes para enganar as suas vítimas e as autoridades.
Entretanto,
a empresa que detém o Tinder, a Match Group, anunciou que Leviev foi
banido das diversas apps de que é proprietária, incluindo Match.com,
Meetic, OkCupid, Hinge, PlentyOfFish e OurTime. Este grupo detém o que é
definido como “o maior portefólio do mundo” de produtos de namoro.
https://zap.aeiou.pt/impostor-do-tinder-carreira-hollywood-462983
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