O
segredo para ajudar os cientistas a tratar a atrofia muscular, que
centenas de milhões de pessoas sofrem, pode estar no microbioma
intestinal de uma espécie de esquilos.
O Ictidomys tridecemlineatus é uma espécie de esquilo conhecida pelas 13 riscas que cobrem o seu torso e por andar frequentemente no solo.
Como muitos mamíferos, este roedor passa os meses de inverno a hibernar na toca. Mas, ao contrário dos outros, este esquilo reemerge do seu sono profundo com tanto vigor quanto antes. Os outros animais acabam por perder a forma física durante o tempo em que estão a hibernar.
Os cientistas podem agora ter descoberto como é que este esquilo mantém a sua estrutura muscular sem fazer exercício. Segundo o portal Inverse, estas descobertas podem ajudar a tratar doenças de perda muscular em humanos também.
Um estudo publicado na revista Science descobriu que o microbioma intestinal do esquilo desempenha um papel fundamental na prevenção de perda muscular.
A hibernação destes esquilos consegue evitar a perda de massa muscular, que ocorre quando o corpo quebra a proteína muscular para obter energia durante longos períodos de inatividade ou fome.
“Com a falta de ingestão regular de alimentos, tem sido enigmático como é que os mamíferos hibernantes superam este problema”, disse o autor principal do estudo, Felix Sommer, ao Inverse.
Neste novo estudo, os investigadores descobriram que os esquilos em hibernação transportam ureia para o intestino. Mas o que é isto significa?
Uma vez no intestino, certas espécies de bactérias decompõem a ureia em dióxido de carbono e amónio. Depois, micróbios intestinais convertem o azoto, que é encontrado no amónio, para produzir aminoácidos, que são as moléculas que formam proteínas.
Desta forma, o esquilo compensa a perda de azoto e proteína que normalmente ocorre durante a perda de massa muscular.
“Entender como é que os hibernadores mantêm a síntese de proteína muscular sob períodos prolongados de privação de azoto e inatividade é o primeiro passo para traduzir estes processos para humanos”, disse a coautora Fariba Assadi-Porter, em declarações ao Inverse.
Esta descoberta pode potencialmente ajudar centenas de milhões de humanos a superar a atrofia muscular.
“A maquinaria molecular para a recuperação do azoto da ureia parece estar presente em humanos”, salientou Sommer.
A atrofia muscular pode ocorrer em pessoas que sofrem de desnutrição, bem como idosos e aqueles que estão inativos por longos períodos de tempo, como pacientes internados durante muito tempo e astronautas no Espaço.
Serão necessários mais estudos para aprimorar as descobertas dos cientistas, incluindo o papel que a proteína desempenha na preservação muscular.
https://zap.aeiou.pt/segredo-tratar-condicao-dolorosa-esquilos-460666
O Ictidomys tridecemlineatus é uma espécie de esquilo conhecida pelas 13 riscas que cobrem o seu torso e por andar frequentemente no solo.
Como muitos mamíferos, este roedor passa os meses de inverno a hibernar na toca. Mas, ao contrário dos outros, este esquilo reemerge do seu sono profundo com tanto vigor quanto antes. Os outros animais acabam por perder a forma física durante o tempo em que estão a hibernar.
Os cientistas podem agora ter descoberto como é que este esquilo mantém a sua estrutura muscular sem fazer exercício. Segundo o portal Inverse, estas descobertas podem ajudar a tratar doenças de perda muscular em humanos também.
Um estudo publicado na revista Science descobriu que o microbioma intestinal do esquilo desempenha um papel fundamental na prevenção de perda muscular.
A hibernação destes esquilos consegue evitar a perda de massa muscular, que ocorre quando o corpo quebra a proteína muscular para obter energia durante longos períodos de inatividade ou fome.
“Com a falta de ingestão regular de alimentos, tem sido enigmático como é que os mamíferos hibernantes superam este problema”, disse o autor principal do estudo, Felix Sommer, ao Inverse.
Neste novo estudo, os investigadores descobriram que os esquilos em hibernação transportam ureia para o intestino. Mas o que é isto significa?
Uma vez no intestino, certas espécies de bactérias decompõem a ureia em dióxido de carbono e amónio. Depois, micróbios intestinais convertem o azoto, que é encontrado no amónio, para produzir aminoácidos, que são as moléculas que formam proteínas.
Desta forma, o esquilo compensa a perda de azoto e proteína que normalmente ocorre durante a perda de massa muscular.
“Entender como é que os hibernadores mantêm a síntese de proteína muscular sob períodos prolongados de privação de azoto e inatividade é o primeiro passo para traduzir estes processos para humanos”, disse a coautora Fariba Assadi-Porter, em declarações ao Inverse.
Esta descoberta pode potencialmente ajudar centenas de milhões de humanos a superar a atrofia muscular.
“A maquinaria molecular para a recuperação do azoto da ureia parece estar presente em humanos”, salientou Sommer.
A atrofia muscular pode ocorrer em pessoas que sofrem de desnutrição, bem como idosos e aqueles que estão inativos por longos períodos de tempo, como pacientes internados durante muito tempo e astronautas no Espaço.
Serão necessários mais estudos para aprimorar as descobertas dos cientistas, incluindo o papel que a proteína desempenha na preservação muscular.
https://zap.aeiou.pt/segredo-tratar-condicao-dolorosa-esquilos-460666
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