Há boas notícias para os diabéticos. Um novo estudo publicado na ACS Applied Bio Materials sugere que o fim das injeções diárias com insulina pode estar próximo, podendo estas ser substituídas por um adesivo simples colado dentro da boca, nas bochechas.
A equipa decidiu revisitar um material experimental tinha criado anteriormente que entrega os medicamentos depois de ser ativado com calor. O material é feito com nanofibras eletrofiadas de um polímero conhecido como ácido poliacrílico, uma molécula chamada beta-ciclodextrina, e óxido de grafeno reduzido, nota o New Atlas.
Para este estudo, os adesivos foram encharcados numa solução de insulina durante três horas, sendo depois aplicados às membranas mucosas das bochechas dos porcos. Um laser foi depois usado para aquecer cada adesivo até 50ºC durante 10 minutos.
O adesivo começou assim a libertar a insulina que tinha absorvido, que foi rapidamente transmitida através das membranas.
Esta invenção contrasta com tentativas anteriores de se criar um gel com insulina que seria aplicado por cima de uma parte da pele muito mais espessa, o que faz com que a sua penetração demore muito mais tempo.
Os investigadores decidiram depois testar os adesivos em três porcos que dependem de insulina. Mal se começou o procedimento de os aquecer, os níveis de açúcar no sangue dos porcos diminuíram e os níveis de insulina no plasma subiram. A dose total foi entregue durante 20 minutos.
Um aspeto importante a notar é de que as bochechas dos porcos não mostraram sinais de irritação depois dos procedimentos. Quando seis voluntários humanos usaram adesivos placebo nas bochechas durante duas horas, também não reportaram do ou desconforto.
Os adesivos podem ser reutilizados várias vezes. A equipa está agora a procurar parceiros comerciais que financiem os testes clínicos em humanos.
https://zap.aeiou.pt/injecoes-insulina-substituidas-adesivo-460870
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