Há
casos de estrelas que são encontradas tão longe do local onde nasceram
que morreriam antes completarem a viagem. Um novo estudo descobriu a
resposta a este mistério.
As maiores estrelas no Universo são também as que vivem menos tempo, geralmente não passando dos 10 milhões de anos.
A maioria das estrelas são encontradas perto dos locais onde nasceram, mas muitas são também descobertas em locais distantes na Via Láctea — tão distantes que demorariam mais tempo a chegar lá do que o seu tempo de vida total, aponta o Science Alert. Afinal, como é que isto é possível?
Um novo estudo publicado na The Astronomical Journal procurou resolver este mistério ao debruçar-se sobre uma estrela tipo O chamada HD 93521, que se encontra a 3600 anos-luz do disco galáctico, numa zona pouco populada conhecida como o halo galáctico.
Os investigadores usaram dados do satélite Gaia da Agência Espacial Europeia e analisaram ainda o espectro de luz que a estrela está a emitir, para poderem determinar a sua massa, idade e rotação.
Os dados revelaram que a estrela estará a cerca de 4064 anos-luz da Terra e que terá uma massa 17 maior do que a do Sol, com uma temperatura média de 30 000 graus Kelvin. Estes números permitiram estimar que a estrela deverá ter cerca de cinco milhões de anos, com uma margem de erro de dois milhões.
Na estimativa máxima, a estrela está viva há 8.3 milhões de anos. No entanto, esta precisaria de 39 milhões de anos para se deslocar do lugar onde nasceu para o local onde se encontra agora.
A própria estrela pode ter a resposta para este mistério. Como termo de comparação, a rotação do Sol é de cerca de dois quilómetros por segundo, mas a da HD 93521 é de 435 quilómetros por segundo.
Há vários mecanismos que podem aumentar a velocidade de rotação de uma estrela, como uma fusão estelar — que combinaria a rotação das duas estrelas. A equipa de cientistas acredita que foi isto que aconteceu com a HD 93521, que terá começado como duas estrelas medianas que depois se fundiram.
Juntas, estas duas estrelas teriam esperanças de vida longas o suficiente para sobreviverem a esta viagem que, de outra forma, seria impossível.
“As propriedades observadas da HD 93521 parecem todas concordar com as expectativas do produto de uma fusão. A estrela parece ser demasiado jovem em comparação com o tempo de viagem do disco galáctico porque foi rejuvenescida através da fusão estelar dos componentes binários”, remata o estudo.
https://zap.aeiou.pt/teletransporte-estrelas-deviam-morrido-461430
As maiores estrelas no Universo são também as que vivem menos tempo, geralmente não passando dos 10 milhões de anos.
A maioria das estrelas são encontradas perto dos locais onde nasceram, mas muitas são também descobertas em locais distantes na Via Láctea — tão distantes que demorariam mais tempo a chegar lá do que o seu tempo de vida total, aponta o Science Alert. Afinal, como é que isto é possível?
Um novo estudo publicado na The Astronomical Journal procurou resolver este mistério ao debruçar-se sobre uma estrela tipo O chamada HD 93521, que se encontra a 3600 anos-luz do disco galáctico, numa zona pouco populada conhecida como o halo galáctico.
Os investigadores usaram dados do satélite Gaia da Agência Espacial Europeia e analisaram ainda o espectro de luz que a estrela está a emitir, para poderem determinar a sua massa, idade e rotação.
Os dados revelaram que a estrela estará a cerca de 4064 anos-luz da Terra e que terá uma massa 17 maior do que a do Sol, com uma temperatura média de 30 000 graus Kelvin. Estes números permitiram estimar que a estrela deverá ter cerca de cinco milhões de anos, com uma margem de erro de dois milhões.
Na estimativa máxima, a estrela está viva há 8.3 milhões de anos. No entanto, esta precisaria de 39 milhões de anos para se deslocar do lugar onde nasceu para o local onde se encontra agora.
A própria estrela pode ter a resposta para este mistério. Como termo de comparação, a rotação do Sol é de cerca de dois quilómetros por segundo, mas a da HD 93521 é de 435 quilómetros por segundo.
Há vários mecanismos que podem aumentar a velocidade de rotação de uma estrela, como uma fusão estelar — que combinaria a rotação das duas estrelas. A equipa de cientistas acredita que foi isto que aconteceu com a HD 93521, que terá começado como duas estrelas medianas que depois se fundiram.
Juntas, estas duas estrelas teriam esperanças de vida longas o suficiente para sobreviverem a esta viagem que, de outra forma, seria impossível.
“As propriedades observadas da HD 93521 parecem todas concordar com as expectativas do produto de uma fusão. A estrela parece ser demasiado jovem em comparação com o tempo de viagem do disco galáctico porque foi rejuvenescida através da fusão estelar dos componentes binários”, remata o estudo.
https://zap.aeiou.pt/teletransporte-estrelas-deviam-morrido-461430
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